Todos os dias, no conforto do nosso lar e em cada telejornal, somos alertados para a situação completamente caótica que o nosso Serviço Nacional de Saúde atingiu. O drama de um País, o nosso, mas sobretudo milhares de dramas humanos, anónimos, de pessoas como eu e como o caro leitor.
Torna-se pois necessário fazer uma análise daquilo que foram 8 anos de politicas de um Governo de Esquerda, e que sacrificou muitas das reformas realizadas por Governos anteriores e que visavam a melhoria dos cuidados de saúde e do acesso aos mesmos por parte dos portugueses.
Foi o Governo Socialista que motivado por critérios meramente ideológicos pôs fim a contratos de gestão privada de unidades públicas hospitalares, transformando hospitais com níveis satisfatórios de eficiência e boa gestão, em unidades confrontadas com a dificuldade em prestar cuidados de saúde às populações e a braços com serviços de urgência encerrados, listas de espera a aumentar, falta de pessoal médico, etc.
Foi este Governo Socialista que virou as costas aos profissionais de saúde, médico e enfermeiros, ignorando as suas pretensões, as suas posições no contributo que, enquanto profissionais no terreno não só têm o direito como o dever de contribuir com as suas ideias e sugestões e bem assim, exigir melhores condições de trabalho e das respectivas carreiras profissionais.
Foi igualmente este Governo do PS que mais contribuiu para que tantos portugueses ficassem sem um médico de família, número este que só nos últimos 2 anos aumentou cerca de 30%, sendo hoje 1,7 milhões de portugueses sem médico de família, numa trajectória totalmente oposta àquela que em 2015, António Costa então Primeiro-Ministro, prometia ao País.
Esta é uma realidade à qual obviamente a Amadora não escapa. Num Concelho com cerca de 180 mil habitantes e que é servido por um único Hospital Público, o Hospital Dr. Fernando Fonseca, que serve igualmente as populações do Concelho de Sintra, servindo no total uma população de mais de 500 mil pessoas, é com todo o cenário descrito e ao fim de 8 anos de politicas socialistas, um dos Hospitais em todo o País que mais constrangimentos sofre na sua actividade, desde serviços encerrados, aumento das listas de espera para cirurgias, ou mesmo o número de horas que cada cidadão tem de esperar para ter acesso às urgências...
O cenário não é diferente nos Centros de Saúde que servem o nosso Município, em especial na nossa Freguesia, a Venteira, onde já se tornou hábito ter de marcar vez horas antes da abertura do centro de saúde, para ter acesso a uma simples consulta de medicina familiar.
A falta de alternativas ao acesso a serviços de saúde, existentes na área geográfica da nossa Freguesia e do nosso Concelho, torna o problema ainda mais grave.
Este é um cenário ao qual não podemos ficar indiferentes e não temos sido indiferentes. O PSD Amadora através da sua Comissão Politica, tem alertado ao longo do tempo para o problema da saúde no Concelho da Amadora, como foi o caso dos Comunicados de 28 de Junho de 2022 (este conjuntamente com o PSD Sintra), ou de 23 de Agosto de 2022, e que resultaram numa tomada de posição pública perante a comunicação social em que era exigida a demissão da então Ministra da Saúde, que haveria de abandonar o Governo poucos dias depois.
É também por este legado e por este compromisso perante a população que no próximo dia 28 de Dezembro de 2023, os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia da Venteira, levarão a discussão a Recomendação "Pelo Direito à Saúde", que mais que trazer um tema desta envergadura e importância a ser discutido num fórum como a Assembleia de Freguesias visa, sobretudo criar uma consciência comum a todos os autarcas da Freguesia da Venteira, e mobilizá-los para que a este nível possa haver um verdadeiro escurtinio e sentido de pró-actividade face à garantia e defesa do direito à saúde dos cidadãos.
A poucos meses de Eleições Legislativas em que é urgente virar a página face às politicas em que o País mergulhou nos últimos 8 anos, a saúde surge à cabeça, como a área em que os portugueses sentirão maior apelo de escrutínio e avaliação na hora de decidir o sentido de voto. O PSD uma vez mais não foge como nunca tem fugido às suas responsabilidades e se até aqui foi essencial para desmascarar as inúmeras falácias dos Socialistas, que trouxeram a saúde a este estado, terá também respostas para o futuro Governo de Portugal, como o compromisso já assumido por parte de Luís Montenegro de que se torna essencial existir um pacto na saúde que envolva os três sectores (público, privado e social), ao serviço do cidadão e para que mais do que ideologia, se possa voltar a colocar a pessoa humana no centro da acção politica.
É pois tempo de UNIR PORTUGAL!
Daniel Marques Rodrigues
Secretário-Geral da Comissão Politica da Secção da Amadora do Partido Social Democrata
Líder da bancada do Partido Social Democrata na Assembleia de Freguesia da Venteira
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