Venteira: mais e melhor ambiente


No passado dia 29 de Junho, realizou-se a Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia de Venteira, fazendo parte da mesma, a apreciação e votação de uma moção, Venteira: Mais e Melhor Ambiente, apresentada pelo Grupo de Eleitos do PPD/PSD.

O Meio Ambiente também é comemorado,  foi no dia 5 de junho, tendo sido instituído pela Nações Unidas, em 1972 e celebrado a partir de 1973,  uma comemoração que faz agora 50 anos, originada na necessidade de definir uma data para ativar e consciencilizar a sociedade sobre a utilização dos recursos naturais e a  sua preservação, bem como a proteção do ambiente.

É do meio ambiente que extraímos os elementos necessários para a existência de vida no planeta, cuja responsabilidade, seja da socidedade civil ou do poder politico, deve assentar num continum de objectivos e necessidades, com ações direcionadas a permitir a sustentabiliddade das gerações atuais, sem hipotecar as futuras, em Portugal e na Constitução da República Portuguesa, já são reconhecidos os direitos a um ambiente saudável, nomeadamente no artigo 9 , Tarefas fundamentais do Estado e no artigo 66, Ambiente e qualidade de vida , em que no n.º 2, alínea e), atribui ao Estado, em colaboração com as autarquias locais, a responsabilidade de promover a qualidade ambiental das povoações e da vida urbana.

A ligação desta necessidade a um conceito desenvolvimento sustentável da sociedade reflete cada vez, mais uma preoponderância e um dominio positivo, para a concretização e ação, a tranversabilidade deste tema  global é inegável.

Os designios e objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) com 169 metas, que foram definidos em 2015 na Cimeira da ONU, de 25 a 27 de setembro (Agenda 2030), de dimensão social, económica, ambiental, refletem bem este conceito abrangente. Estes designios, como alguém disse, são também uma boa base para se construir uma sociedade mais solidária e menos egoísta, as vantagens são inegáveis e  todos podemos e devemos ser agentes da mudança.

Em concreto, urge um alinhamento das autarquias, com o direcionamento de recursos para a respetiva aplicabilidade. A nível nacional, a descentralização administrativa das freguesias, com a promulgação da  Lei n. 11- A /2013  implicou uma redistribuição de competências e responsabilidades, entre a administração autárquica, uma vez que o reforço de várias competências das freguesias atravessa diversos domínios integrados na esfera jurídica dos municípios, proporcionando formas de alcançar um desenvolvimento mais equilibrado e uma mais eficiente implementação das políticas públicas. Tendo em conta a proximidade aos cidadãos, as autarquias locais, podem e devem ter um papel fundamental na implementação de uma agenda de compromissos para os ODS,  com iniciativas e uma ação concreta e, contribuir decisivamente, na base de uma visão e de um conceito,  com a criação e implementação de projetos nas  diversas áreas em causa e dentro dos limites adequados e alcançaveis.

Entendemos como indispensável a criação de um plano, de objetivos e metas locais, no contexto da freguesia e respetivas realidades, com identificação  das áreas de maior necessidade de intervenção, que permita o envolvimento da comunidade, alicercada numa cultura de cidadania e responsabilidade partilhada e de forma a que possa ser assumido como um projecto farol da / na nossa freguesia.  Um projecto de referência  que existe desde 2014, o Eco-Freguesias XXI, contribui para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) , sendo uma estratégia para incrementar a sustentabilidade local, valorizando os processos de cidadania participativa e reconhecendo as freguesias que melhor qualidade de vida oferecem aos seus habitantes. Acima de tudo, globalmente, entendemos esta necessidade como uma realidade inevitável, não obstante, a nível local, a implementação poder ser diferente e limitada.

Num certo sentido, as sociedades também vivem do sonho, pela necessidade de mudança, da reconstrução, da evolução, não implica ser utópica nem nós perseguimos uma quimera, podemos fazer acontecer, a atual realidade tem de ser mudada, nada é permanente exceto a mudança e esta contínua necessidade é uma inevitabilidade evolutiva.   

Considerámos importante um conjunto de ações em que propusemos que a Junta de Freguesia de Venteira identifique, a nível local, com o envolvimento da sociedade, os objectivos de desenvolvimento sustentável (ODS), prioritários no contexto da Freguesia; a implementação de um plano para a concretização dos objectivos de desenvolvimento sustentável (ODS), na Freguesia e a sua monitorização; concorrer ao projecto Eco-Freguesias XXI; a atualização e divulgação de informação sobre a implementação objectivos de desenvolvimento sustentável (ODS) no sitio oficial da Junta de Freguesia da Venteira e demais canais oficiais.

 

Submetida a votação, inicialmente moção, foi aprovada, por unanimidade, como recomendação, refletindo assim a importância do tema, a reflexão obrigatória e a necessaria ação.

Heródo dizia Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro, aplicaria aqui esta reflexão, temos de criar um impeto de mudança, por forma a cultivar uma idiossincrasia (local), com um objectivo e uma visão, não depende de um, depende de todos, o futuro é hoje, temos de ACREDITAR.


Hélio Martins

Membro da bancada do Partido Social Democrata na Assembleia de Freguesia da Venteira

PSD Amadora

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