Não sendo
uma ciência exacta, o estudo propõe-se a identificar os Concelhos nacionais que,
mediante diferentes parâmetros individuais, colhem, de forma agregada, uma “nota”
final, agrupando-os por zonas geográficas, o que nos permite reflectir de forma
objectiva quem está “melhor / pior” e as respetivas razões subjacentes.
Para facilitar
a análise, olhemos, apenas, para a “Região de Lisboa” (que contempla, igualmente, outras
zonas para além do Distrito de Lisboa, como refere a tabela abaixo).
Verifica-se
que o Concelho da Amadora se encontra na 10ª posição em 18 Municípios e, pior,
caiu um lugar face ao estudo de 2021. Efectivamente, a Amadora obtém a 10ª
posição para “visitar” e “viver”, assim como a 13ª posição para “negócios”.
De uma forma
concreta, a Amadora encontra-se abaixo da larga maioria dos Municípios da Área
Metropolitana de Lisboa e, inclusivamente, de outros da comummente denominada “margem
sul”, encontrando-se, lamentavelmente, na segunda metade desta tabela.
É difícil
compreender como é que um Município central, em termos geográficos, e com uma larga
rede de transportes, embora ineficiente por diversas situações, se encontre no
último terço deste grupo de 18 Municípios, no que a “negócios” diz respeito.
Urge, por parte dos agentes governativos locais, criar condições para que os amadorenses
optem pelo seu Concelho para estabelecer os seus negócios, ao invés de optarem
por Concelhos vizinhos por razões, também mas não só, associadas aos impostos
municipais.
No que a “viver”
e “visitar” respeita, esta classificação é o translúcido reflexo da falta de
soluções para um Concelho que, não obstante os desafios que enfrenta, possui um
conjunto de recursos que, eficientemente aplicados, poderiam, de forma tangível,
contribuir para a vida das pessoas.
Se não há
dúvida que a Amadora, pela sua densidade populacional e todos os desafios que
daí advêm (mobilidade, habitação, estacionamento, higiene urbana, etc.),
enfrenta constrangimentos, não é menos verdade que, por assim ser, dispõe, por
via do Orçamento de Estado e da Receita Municipal, de recursos mais do que
suficientes para não andarmos a discutir, não raras vezes, problemas de
administração autárquica típicos dos anos 80 e 90.
O que tem
feito a Câmara Municipal da Amadora para promover o turismo / a visita de pessoas
ao Concelho, algo que teria um impacto inegável no próprio comércio? Poderei
estar a ser injusto ao não referir a rampa de snowboard construída há uns anos
e que, como se previra, teve uma adesão nula.
Para
terminar, importa deixar claro que a Amadora pode e deve a aspirar ser muito
mais. O Concelho e as suas gentes merecem-no e têm capacidade para fazer desta
uma terra com mais oportunidades, melhor qualidade de vida e que nivele a
fasquia por cima.
Deixo os meus
votos sinceros de um excelente ano de 2023.
Link do
estudo: https://www.bloom-consulting.com/pt/bloom-consulting-portugal-city-brand-ranking/
Marco Monteiro
Membro da bancada do Partido Social Democrata na Assembleia de Freguesia de Venteira
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