Venteira, em defesa do ambiente, promover e melhorar os meios de reciclagem


A crescente importância, dada pela sociedade, a questões ambientais, em particular relacionadas com a reciclagem e o tratamento de resíduos, torna este tema de enorme relevância.


Nos tempos atuais, este assunto provoca, obrigatóriamente, a necessidade da discussão, reflexão e adoção de medidas, derivado das respetivas consequências, positivas ou negativas, consoante a ação ou inação.

 

A relevância disto na nossa freguesia é fácilmente percecionável, tendo em conta as políticas atuais e visíveis consequências (transversais no concelho da Amadora), onde existem ecopontos em mau estado, necessidade de relocalização, falta de pontos, nomeadamente oleões (alguns em acessos de risco) e neste caso em concreto, despidos de um sistema inteligente de controlo, permitindo o acompanhamento do estado do depósito em função da utilização, dado que o sistema atual prejudica / desincentiva a utilização dos contentores. 

 

É urgente a definição e aplicação de uma nova abordagem na Freguesia, com um novo conceito que permita o estudo, planeamento, execução e aplicação de eco-ilhas subterrâneas, com impacto visual distinto, além da maior capacidade, permitindo também a diminuição de odores, vantagens inequivocas face aos atuais contentores, em disposição duvidosa bem como a instalação de contentores de bioresíduos para a separação dos residuos orgânicos, cujas novas praticas serão inclusivamente obrigatórias em 2023, de acordo  com a Directiva (UE) 2018/851, transposta pelo DL 102 – D/2020.

 

A utilização responsável dos recursos é uma responsabilidade de todos, dentro do desiquilibrio existente, impôe-se na nossa freguesia, de forma constante, a necessidade da defesa e inovação, no caminho exemplar da sustentabilidade ambiental, cultivando as melhores praticas, mitigando impactos e consequências negativas neste domínio.

 

Foi neste entendimento que o grupo político do PSD, dos eleitos da Assembleia de Freguesia da Venteira, da qual faço parte, entendeu apresentar uma moção na respetiva Asssembleia de Freguesia, discutida no passado dia 5 de Maio, na 2ª Reunião da Sessão Ordinária de Abril.

 

Dentro das competências, análise e reflexões, propusemos que fosse solicitado à Câmara Municipal da Amadora um levantamento dos ecopontos existentes e zonas / locais onde estão implementados, face ao estado e faltas; estudo e viabilidade de implementação de eco-ilhas subterrâneas; substituir e alargar a rede de oleões da cidade para recolha de óleos alimentares usados com instalação de sistemas inteligentes; planeamento para a instalação e aplicação de contentores / ecopontos de bioresíduos e de acordo com a Directiva (UE) 2018/85.

 

Entendemos também que deve a Junta  de Freguesia da Venteira promover campanhas de sensibilização Ambiental, com vista ao reforço da mudança comportamental relativamente ao meio ambiente, estimulando, nesta base, condutas e comportamentos adequados nos cidadãos. A conscienciencialização e o incentivo à reciclagem, disponibilizando estruturas e condições adequadas são essenciais para o sucesso desta pratica, cada vez mais incontornável para a nossa existência. 

 

De forma construtiva, entendemos que a moção espelha uma realidade e uma necessidade, há muito existente na nossa Freguesia, não obstante a responsabilidade direta da Câmara Municipal da Amadora neste assunto, entendemos que a Junta  de Freguesia da Venteira deve ter um papel preponderantre, no sentido de identificar problemas, apontar soluções, criar a discussão, pelo respetiva responsabilidade e peso institucional.

 

Neste contexto, foi com alguma admiração que recebemos o voto contra da bancada do PS sobre esta inciativa, não obstante a mesma ter sido aprovada.

 

Poderia compreender uma abstentação, mas não o voto contra, não estamos a exigir, estamos a pedir que a Junta  de Freguesia da Venteira, pelas suas naturais responsabilidades de zelar  e de compromisso, para com os seus Fregueses, alerte a Câmara Municipal da Amadora, que tutela a área, para esta situação premente e que já se arrasta à tempo de mais, porque não é por não ser da nossa competência que não devemos chamar a atenção, uma realidade que nos atinge a todos.  

 

Na nossa freguesia, ao longo dos últimos anos, com uma pequena adaptação e distinta interpretação, podemos aplicar-lhe um conceito muito utilizado na macroeconomia, Ceteris Paribus (tudo o resto constante), sendo que não devemos cair em dogmas; a estática não acompanha a evolução, a necessidade impôe a condição, a única constante para nós é REAGIR, e no estado atual da nossa freguesia, é mais do que necessário.  

 

Hélio Martins

Membro da bancada do Partido Social Democrata na Assembleia de Freguesia da Venteira

PSD Amadora

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