Ao serviço da Venteira: um ano de trabalho


Passa agora um ano desde a campanha eleitoral das Eleições Autárquicas de 2017, nas quais encabecei a Lista da Coligação Amadora Mais (PPD/PSD – CDS-PP) à Freguesia da Venteira. O facto do Grupo de Eleitos do PPD/PSD à Assembleia de Freguesia da Venteira, Grupo este que tenho liderado ao longo deste mandato, estar em minoria e de haver uma maioria absoluta do PS que, por si só, pode decidir os destinos da Freguesia, não me tem desmotivado na tarefa que me propus levar a cabo neste mandato. Assim, tenho encarado o mandato que os venteirenses me atribuíram com um acréscimo de responsabilidade e sentido de missão, tendo sido várias as propostas que ao longo deste quase um ano de mandato o grupo de eleitos do PPD/PSD apresentou em sede de Assembleia de Freguesia. Desde a titulo de exemplo, a proposta de transmissão das sessões da Assembleia de Freguesa à descentralização das mesmas por vários locais da Freguesia, passando pelo apoio apoio ao trabalho dos Guardas-Nocturnos à tomada de posição sobre o desinvestimento do actual Governo na Freguesia da Venteira ao decidir não levar a cabo a construção das estações de metro previstas para a nossa Freguesia, tem sido um trabalho demonstrativo do propósito para o qual fomos eleitos: servir a Venteira.
Mas não poderia ficar alheio nesta altura a um dos problemas que nos preocupa desde o início, não apenas porque eu e os restantes eleitos do PPD/PSD na Assembleia de Freguesia da Venteira, nos deparamos permanentemente com ele no nosso dia-a-dia, mas porque é tema de queixas permanentes, não apenas de pessoas conhecidas ou desconhecidas com quem nos cruzamos e que nos têm manifestado o seu descontentamento, mas também de inúmeros habitantes da Venteira nas redes sociais onde se discutem problemas da Venteira e da Amadora, é o problema da manutenção dos espaços públicos da nossa Freguesia que, infelizmente, estão numa condição longe do desejável, atingido um estado que não tem deixado ninguém indiferente. Quer a limpeza das ruas da nossa Freguesia quer a manutenção dos designados espaços verdes que continuam em mau estado e muito “àquem” do desejável, apesar da higiene urbana ser uma das atribuições básicas de uma Autarquia Local, no presente caso da Freguesia da Venteira.
Ora, se num primeiro momento já neste mandato a Junta de Freguesia da Venteira não assumiu o estado das ruas da nossa Freguesia e dos seus espaços verdes como uma prioridade mais elevada, tendo inclusivamente a bancada do PS, com a maioria absoluta que detém, rejeitado pelo voto duas Propostas apresentadas na Assembleia de Freguesia da Venteira que recomendavam mais atenção a esta situação, numa delas acompanhado na rejeição pelos partidos à sua esquerda, o problema foi sendo gradualmente assumido pela Senhora Presidente da Junta de Freguesia da Venteira e pelo seu Executivo, tendo chegado ao ponto de recentemente a Junta de Freguesa da Venteira ter promovido uma sessão de “Plotting” que, para quem não sabe, se destinava a fazer uma caminhada pela Freguesia convidando as pessoas a juntarem-se e a participarem recolhendo lixo reciclável. Não tendo nada contra a promoção e realização deste tipo de iniciativas, e se for esse o seu objectivo, quer me parecer que não tem contudo esta iniciativa o condão de resolver os problemas de falta de limpeza das ruas, nem o foco me parece ser o mais acertado. Antes de mais, e uma vez que se tenta trazer as pessoas para uma participação activa na limpeza das ruas, relembro que não têm nos últimos meses os venteirenses feito outra coisa que não seja preocupar-se com o estado das nossas ruas, interpelando, fotografando, questionando os serviços da Junta de Freguesia da Venteira e da Câmara Municipal da Amadora acerca dessa situação, e tantas vezes certamente contribuído para a limpeza das ruas recolhendo o lixo que nelas se encontra, com verdadeiro sentido de cidadania e pro-actividade, atitude essa na qual me revejo e saúdo.
Não pode pois proceder o argumento da falta de civismo dos habitantes da Venteira que tem sido frequentemente usado para justificar o mau estado da higiene urbana na Freguesia, mas, mesmo admitindo que existisse, essa situação apenas deveria fazer com que os nossos responsáveis políticos olhassem para o problema com um acréscimo de preocupação e não como factor de desculpabilização. De resto, o estado dos espaços verdes, relvados e ajardinados e dos passeios invadidos por ervas não podem de maneira nenhuma ser justificadas por qualquer falta de civismo dos habitantes, a não ser que se acredite que alguém andasse a conspirar adubando as ervas e os passeios. São mesmo consequência do seu abandono pela Junta de Freguesia da Venteira.
A questão, quer da limpeza das ruas da Freguesia, quer da manutenção dos espaços verdes e dos parques infantis terá de ser tratada de forma clara e séria, aferindo quais as verdadeiras necessidades da Freguesia nesse campo e agindo em conformidade face a essas necessidades, sendo que nós, e porque consideramos que o problema não surge agora, tivemos a iniciativa de votar favoravelmente o Mapa de Pessoal para o ano de 2018 quando foi submetido à apreciação da Assembleia de Freguesa da Venteira em Dezembro último, que propunha a criação de dois postos de trabalho na área da manutenção dos espaços verdes e higiene urbana. É pois com sentido de responsabilidade que na bancada do PPD/PSD encaramos este problema, considerando da nossa parte que cabe à Junta de Freguesia da Venteira avaliar se os actuais meios humanos e materiais são suficientes para as necessidades da Freguesia, questão esta já por nós formulada em reunião da Assembleia de Freguesia.
E assumimos desde já o compromisso público de, se um dia a população da Freguesia da Venteira nos confiar pelo voto a responsabilidade de gerir a Junta de Freguesia, tratarmos o problema da higiene urbana e da manutenção dos espaços verdes e parques infantis com a maior prioridade desde a primeira hora, e não apenas nos meses que antecedem a eleição seguinte.
Mudando de assunto, gostaria ainda, de tecer umas palavras acerca do Orçamento Participativo da nossa Cidade. Os orçamentos participativos são um instrumento promovido pelas autarquias que permite aos cidadãos uma maior envolvência no poder de decisão e de aplicação dos dinheiros públicos, submetendo propostas que serão submetidas a votação, sendo que as mais votadas terão a sua inclusão no Orçamento Municipal. A Amadora não é excepção. Sendo o tema da participação cívica, da transparência e da aproximação entre eleitos e eleitores um dos temas sobre os quais mais me tenho empenhado desde que assumi a candidatura à Presidência da Junta de Freguesia da Venteira, não posso pois deixar de ver com bons olhos as propostas que são submetidas no âmbito do Orçamento Participativo e a iniciativa de quem as decide apresentar. Existem três propostas que visam a Freguesia da Venteira:
Proposta n.º 10 - Bebedouros para animais e pessoas;
Proposta n.º 15 - Tornar Passadeiras mais seguras na Rua Elias Garcia (junto à Clínica da Luz), Venteira;
Proposta nº 24 - Remodelação rua Dom Dinis.
Encaro estas propostas como meritórias permitindo cada uma delas em caso de serem das mais votadas, melhorar a nossa Freguesia, saudando desde já os seus autores.
É sempre com a ajuda e empenho de todos, quer tenham ou não responsabilidades politicas, que as Freguesias e os Municípios se constroem. Independentemente das escolhas de cada um, existem doze propostas submetidas à apreciação de todos nós. Participemos todos e façamos da Amadora uma cidade mais aberta e próxima dos Amadorenses, relembrando a todos que está na mão de cada um participar no processo de votação até ao dia 15 de Outubro e contribuir para que as propostas passem da ideia à execução.



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