Deitei foguetes antes da festa

Depois de no último domingo ter aqui denunciado que a obra iniciada na Praça Dona Maria II da Reboleira, que parece uma obra de requalificação da zona circundante do Jardim de Infância nela localizado, e apenas parece porque não há nenhum cartaz a informar os moradores do objectivo nem do prazo da obra, tinha sido iniciada e tido um avanço assinalável na primeira semana de Fevereiro mas depois tinha ficado abandonada durante mais de duas semanas, vi o regresso dos trabalhadores e das máquinas logo no dia seguinte, e partilhei aqui a minha satisfação por ver a obra retomada e a esperança de que rapidamente a zona intervencionada pudesse ser requalificada e devolvida aos moradores, a quem tanta falta faz, nomeadamente pela escassez de estacionamento na praça.
Cheguei mesmo a colocar a hipótese de a denúncia no blogue A Nossa Venteira ter sido lida por algum decisor e desse modo ter contribuído para o reinício da obra?
Afinal tenho que confessar que deitei foguetes antes da festa.
Da mobilização de trabalhadores e máquinas na segunda-feira logo de manhã não resultou mais do que a descarga de algumas paletes de placas para revestir o piso, e a obra ficou de novo deserta, e hoje de manhã o estaleiro estava assim, sem vivalma, com excepção de um gato, que talvez tenha ficado a guardar o estaleiro.

Afinal os moradores da Praça Dona Maria II vão mesmo continuar a ser impedidos de usar os lugares de estacionamento que tanta falta lhes fazem, e a ter que realizar uma prova de cross para vencer o percurso entre a praça e a escadaria que faz a ligação à Rua Correia Teles.



Este prolongar da obra decorrente das longas interrupções sem qualquer utilidade visível seria triste se fosse uma fatalidade inevitável.
Mas não é nenhuma fatalidade, é apenas a consequência de a obra não ser programada com um mínimo de cuidado, de modo a que os materiais, as máquinas e os trabalhadores fossem chegando organizadamente para estarem disponíveis à medida que fossem necessários. Resulta de incúria e incompetência da gestão da obra mas resulta, antes de tudo o mais, da mais completa falta de valorização dos transtornos que a inacessibilidade à zona intervencionada causa aos moradores. Ao fim e ao cabo, de falta de respeito por eles.
Além de triste, é lamentável.

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