A CP acaba de anunciar a redução da oferta de comboios em diversas linhas do país a partir de hoje, por falta de material circulante e respetiva manutenção.
Com consequências negativas nas condições de funcionamento, que afetarão milhares de utentes da CP em todo país, levando em alguns casos como a linha de Sintra e Cascais ao aumento dos intervalos entre composições de 20 para 30 minutos.
A opção populista do Governo socialista por simular a melhoria do rendimento disponível dos Portugueses, tem como outra face da mesma moeda, a imposição de uma austeridade dissimulada no aumento dos impostos indiretos e no subfinanciamento e degradação dos serviços públicos.
Esta opção está a ter resultados desastrosos, principalmente em sectores tão cruciais para as nossas vidas como os transportes.
Por mais que o Sr. Ministro do planeamento e infraestruturas Pedro Marques se desculpe, por trás de responsabilidades de governos anteriores, é preciso lembrá-lo, que este Governo está em funções há quase três anos e tem permanentemente revelado a mais trágica incompetência na gestão dos serviços públicos que sufoca com as suas cativações e ao mesmo tempo a qualidade de serviço aos utentes vai colapsando como nunca antes se tinha visto.
Esta redução de oferta da CP penaliza mais uma vez os Portugueses, tal como tem acontecido sempre com as reduções regulares da oferta de transportes públicos, desde que este governo entrou em funções, nomeadamente no caso da carris, metro e transportes fluviais do tejo.
Tomámos conhecimento que perante o aumento da procura, motivada pelo acréscimo de turismo e período de férias, para além de a oferta não ter acompanhado esse aumento da procura, ainda se regista a diminuição e até mesmo a supressão de comboios.
Tomámos ainda conhecimento, que a deficiente manutenção ou mesmo que total ausência total desta, associado à falta de comboios, tem levado a que a CP já procede a reparações pontuais, nomeadamente de ares condicionados em plena circulação dos comboios, andado os utentes entre Lisboa e Porto em total desconforto, havendo mesmo registos de más disposições, por parte de utentes e de funcionários.
Estamos perante uma empresa que não cumpre na íntegra com a sua obrigação de serviço público. Nessa circunstância uma empresa que não consegue efetuar a devida manutenção dos seus principais ativos, e simultaneamente anula receita por falta desses ativos, só pode ser considerada uma empresa em falência operacional.
No fundo isto vem confirmar o grito de alerta dado pelo Presidente da CP, na última conferência de transportes na Assembleia República no mês passado.
O PSD deixa este alerta e uma pergunta ao Governo, para quando é que os Portugueses passarão a ter normalidade no serviço público prestado pela CP? E quantos mais dias de atrasos os Portugueses vão ter de suportar perante a total incapacidade de resolução destes problemas por parte da administração da empresa.
O Governo deve uma explicação aos Portugueses.
Lisboa, 5 de Agosto de 2018
Deputado
Carlos Silva
Coordenador dos Deputados do PSD na área dos transportes, na Comissão Economia e Obras Publicas
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